Introdução: O ano de 2023 marca um ponto de virada na trajetória da pandemia da Covid-19, que assolou o mundo por três longos anos. Após um período de medidas rigorosas, incertezas e desafios, é possível vislumbrar uma volta à normalidade. Neste artigo, faremos uma retrospectiva dos eventos mais significativos do ano, destacando os legados da pandemia.
O ano começou com uma notícia esperançosa: a disponibilidade da vacina bivalente em fevereiro. Esta vacina, capaz de proteger contra a cepa original e suas ramificações, marcou o início de uma ampla campanha de vacinação, inicialmente focada em idosos e grupos prioritários. Em um esforço para abranger a população mais jovem, a imunização de bebês de 6 meses a dois anos foi autorizada no mesmo mês, graças à chegada de remessas das vacinas Pfizer Baby e Pediátrica.
Apesar de enfrentar desafios, como escassez de imunizantes e, em algumas regiões, o descarte de vacinas vencidas, o Ministério da Saúde, em abril, expandiu ainda mais a imunização, alcançando a faixa etária a partir dos 18 anos. Atualmente, dados indicam melhorias na cobertura vacinal, apesar da resistência alimentada por fake news.
Em uma entrevista à Agência Brasil, Mônica Levi, presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), destacou que as coberturas vacinais estão superando os índices de 2021 e 2022. O Brasil, visando manter o progresso, definiu em outubro que, a partir de 2024, a vacina contra a Covid-19 será incluída no Programa Nacional de Imunizações (PNI), priorizando grupos de risco e crianças.
Assim como em 2022, o ano de 2023 testemunhou o surgimento de novas variantes do coronavírus. Se em 2022 tivemos as cepas Alfa, Beta, Gama e Delta, 2023 foi marcado pela predominância da B.1.1.529, conhecida como Ômicron. Esta variante se tornou a mais contagiosa, preocupante e capaz de escapar dos anticorpos, segundo pesquisas.
Outras variantes como Éris (EG5.1), Pirola (BA.2.86), Arcturus (XBB.1.16) e JN1 também foram identificadas. A Éris, considerada a mais prevalente globalmente, levou os EUA a autorizarem, em setembro, uma atualização vacinal para incluí-la. No Brasil, a Pfizer solicitou, em agosto, a aprovação de uma atualização dos imunizantes à Anvisa, marcando o primeiro pedido desse tipo no país.
É essencial ressaltar que as vacinas existentes demonstraram eficácia contra essas novas variantes, sendo um ponto crucial na gestão da pandemia.
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A pandemia desencadeou uma revolução na pesquisa médica, levando a avanços significativos no entendimento da Covid-19. A tecnologia de RNA mensageiro, presente nas vacinas da Pfizer/BioNTech e Moderna, foi destaque. Além disso:
A chegada da tecnologia de RNA mensageiro rendeu aos cientistas responsáveis um Nobel de Medicina, destacando seu potencial em futuras pesquisas, inclusive no tratamento do câncer.
Apesar dos avanços, a pandemia evidenciou desafios persistentes. A Dra. Luana Araújo ressalta a necessidade de aprender com a experiência, destacando a importância do Sistema Único de Saúde (SUS). A equidade na saúde permanece uma questão não resolvida, exemplificada pela recente onda de casos de Mpox no Congo.
À medida que a Covid-19 se estabelece entre nós, a lição mais importante é a preparação para novas pandemias, considerando a pressão ecológica global. O consumo humano de recursos naturais exige uma resposta proativa e colaborativa.
Em resumo, 2023 marcou a transição para uma fase pós-pandêmica, impulsionada por avanços científicos, vacinação eficaz e aprendizados valiosos. Contudo, o desafio contínuo é aprimorar as estruturas de saúde e promover equidade, preparando o mundo para um futuro mais resiliente.
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